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Automóveis e energia

Por Devanildo Damião

"É preciso lembrar que as baterias dos automóveis serão demandantes de energia"

 

No âmbito das discussões para priorizar investimentos, surgem vários comentários e contrapontos, os quais tendem a tornar-se absolutos numa única perspectiva, excluindo a importância e a viabilidade de outros. Essa posição é bastante crítica, sobretudo quando o objeto de discussão tem característica estratégica par o desenvolvimento de um país.
 
Considerando as matrizes de geração de energia, os defensores da geração hidroelétrica apóiam os seus discursos nas condições operacionais e baixa poluição no processo de geração, atenuando as grandes mudanças nos recursos naturais que provocam. Argumentam que a geração termoelétrica gera a queima de combustíveis e polui o ar com impurezas, provocando o aquecimento global.
 
Defensores da Energia Nuclear enfatizam a sua viabilidade e a consideram como energia limpa, nos seus discursos minimizam os riscos associados e tentam responder com alguma lógica que o lixo radioativos têm solução.
 
Na verdade a geração de energia sempre estará lastreada no aproveitamento de recursos naturais, os quais devem ser preservados e não possibilitam precisar com absoluta certeza os seus regimes e ofertas.
 
Nesse contexto, existe uma discussão bastante acalorada no momento referente aos incentivos ao desenvolvimento do carro elétrico. Os incentivos, via de regra, são necessários para direcionar o desenvolvimento de atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, sendo que podem ser aplicados na forma de recursos destinados a pesquisa e desenvolvimento e também na isenção de tributos. Atualmente, no mundo todo, existe a visão de que é necessário dirimir a utilização dos combustíveis tradicionais para os veículos, tornando a opção para o carro elétrico como natural. Todavia, para os veículos a autonomia é algo fundamental, logo esse é o gargalo do momento, pois as baterias seguem uma lógica linear de autonomia e tamanho. Existe uma trajetória tecnológica clara para ser desenvolvida e os países travam uma batalha invisível para tornar o carro elétrico viável.
 
Nos países como o Brasil é importante questionar a real dimensão dos benefícios de ser o pioneiro na questão. No ponto de vista privado, sem dúvida, os ganhos serão enormes, todavia, enquanto nação, talvez fosse melhor optar por uma estratégia de apropriação futura de tecnologia.
 
Sendo mais direto, os carros flex são importantes para o País na medida em que possibilitam a utilização do etanol, sendo legítimo o incentivo ao desenvolvimento dessa tecnologia, pois possibilita ganhos numa trajetória tecnológica na qual o Brasil é um grande player (jogador) e pode exportar o etanol de cana para o mundo. Também, a pesquisa no Biodiesel é importante, pois, ajuda a diminuir o saldo negativo da nossa balança comercial no diesel.
 
No desenvolvimento do carro elétrico a questão de pauta é saber qual a estratégia, quais os ganhos esperados e a sustentabilidade desses ganhos.
Ciente de que num País que convive com riscos de apagões como o nosso, o abastecimento de baterias de automóveis pode tornar a situação mais crítica.



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