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Cumbica privatizado será ainda mais viável, analisa a AGENDE

Publicado no jornal Diário de Guarulhos de 16/02/12
Espaço Aberto
Paulo S. Gonçalves da Silva - Gerente Geral da AGENDE


A demanda represada de obras de expansão aeroportuária no Brasil, em especial nos aeroportos dos grandes centros, anunciada pela AGENDE desde o início dos anos 2000, tornou-se ainda mais explicita com a confirmação do crescimento dos usuários em função dos avanços sociais e do anuncio dos grandes eventos esportivos dos próximos anos – Copa do Mundo e Olimpíadas.

A inércia da INFRAERO, principal organismo nacional responsável pela gestão aeroportuária até semana passada, tornava-se cada vez mais inexplicável até que o Governo Federal divulgou e executou a toque de caixa o leilão de privatização da exploração de dois dos principais aeroportos de São Paulo e do estratégico aeroporto da capital federal.

O resultado do leilão por sua vez, deixou clara outra posição já há muito defendida pela AGENDE. A diferença do potencial de viabilidade a curto e médio prazo entre os aeroportos de Viracopos em comparação ao de Cumbica, desprezada em várias ocasiões por autoridades estaduais e federais, foi estampada na capa de todos os órgãos de imprensa do país, explicitada principalmente pela diferença de valores ofertados pelos consórcios licitantes para aquisição do direito de exploração de ambos os aeroportos.

A proposta vencedora de 16 bilhões ofertados pelo consócio INVEPAR pelo Aeroporto de Guarulhos – seguida por mais três propostas acima de 11,5 bilhões – tornou visível a inconsistência do discurso de alguns que até bem pouco tempo, defendiam que o Governo investisse mais recursos na expansão de Campinas ou mesmo viajasse na aventura de um novo aeroporto no Estado e de um conseqüente congelamento do cumprimento do planejamento estratégico de expansão de Cumbica, que previa desde seus primórdios mais dois terminais de passageiros, além da terceira pista.

Os argumentos desclassificatórios a respeito de Cumbica caem por terra, já que a iniciativa privada faz contas e por isso mesmo expressa na sua atitude, a viabilidade comercial de investimentos da ordem de cinco bilhões que certamente o tornará o mais potente e lucrativo aeroporto da América Latina, não só por conta do transporte de passageiros, mas principalmente pelo seu potencial de transporte de carga de alto valor agregado. As vantagens estratégicas de Cumbica, que vão desde a proximidade com a Capital e passam também pelo forte posicionamento estratégico da cidade de Guarulhos, cortada por algumas das principais rodovias do país e com o advento do Rodoanel, ligada praticamente diretamente com o porto de Santos, reafirmam a viabilidade destes investimentos.

Para a cidade de Guarulhos, portanto, fica a obrigação de fazer valer seus direitos de sede e exigir do consórcio vencedor e da INFRAERO, agora sócios na gestão do equipamento, o pagamento dos impostos a ela devidos, assim como o estabelecimento de uma relação de cumplicidade com o compromisso de desenvolvimento local, buscando canais diretos de relacionamento com o governo e com a sociedade civil local.
Também ao poder público municipal caberá a necessidade de estabelecer um relacionamento de parceria com os novos gestores a fim de facilitar, através da execução de obras viárias de alta capacidade no entorno do aeroporto, bem como de regras objetivas de zoneamento na região, a confirmação da condição do aeroporto de Cumbica como um dos mais importantes aeroportos do mundo.



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