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Mercadante defende que recursos do pré-sal sejam destinados à educação
Em seu discurso de posse no MEC (Ministério da Educação), Aloizio Mercadante defendeu que a educação tenha maior participação no PIB brasileiro e que receba parte dos royalties do petróleo retirado da camada pré-sal.

 - O pré-sal é uma oportunidade fantástica que nós temos. E podemos desperdiçar esses recursos inchando a máquina pública ou utilizá-lo para deixar um legado de educação de qualidade para as próximas gerações. Nós não podemos nos omitir sobre esse assunto.

 Mercadante afirmou que uma das prioridades de sua gestão será assegurar o cumprimento do piso salarial de professores em estados e municípios e garantir a melhoria das condições de trabalho de quem atua em escolas e universidades, com ações como a ampliação de bolsas para cursos de licenciatura.

 O ministro, formado em economia e professor licenciado da PUC de São Paulo e da Unicamp, disse ter orgulho de ter “comido pó de giz” antes de tornar-se deputado, senador e ministro.

 - Estou a partir de agora ministro da Educação, mas sou acima de tudo economista e professor. O magistério já me deu régua e compasso. É o professor que desperta a sede dos alunos por conhecimento e o espírito crítico. Professor é aquele que transmite o que a sociedade tem de melhor. Não iremos a lugar nenhum sem bons professores, afirmou na ocasião.

 Uma das ações a serem implantadas pelo novo ministro será a aplicação de uma prova nacional para docentes, que funcionaria como uma espécie de concurso. Com isso, explicou Mercadante, será possível rastrear onde estão os melhores professores e criar incentivos para que eles migrem para escolas com menores índices no Ideb.

 Aloizio Mercadante ressaltou que vai manter programas da gestão de Fernando Haddad, como o Reuni e o Prouni, e investir em áreas carentes de profissionais, como as Engenharias, e na educação infantil.

 O ministro defendeu também o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), repetindo palavras da presidente Dilma Rousseff na cerimônia de posse, mais cedo, no palácio do Planalto.

 - Temos que reconhecer certo tensionamento no Enem, mas ele é muito mais adequado, democrático e republicano que a antiga proliferação de vestibulares. É o grande instrumento para democratização de acesso ao ensino superior. Por isso, vamos fazer uma ampla consulta com especialistas e reitores para buscar soluções que melhorem a eficiência do Enem.

 Ao transmitir o cargo de ministro da Educação para Mercadante, Fernando Haddad recomendou ao sucessor que não se preocupe com o possível desgaste de imagem que pode decorrer da criação de programas. Em seus quase oito anos à frente da pasta, Haddad foi criticado diversas vezes pela sequência de erros no Enem.

 - Não foram poucos os desvios, as polêmicas. Tudo é muito controverso. Mas nós provamos que conseguimos resolver controvérsias com base no diálogo. Muitas vezes [quando anunciava medidas e programas] me perguntaram se aquilo não ia me trazer desgaste. Nós educadores não tememos o desgaste porque sabemos que o Brasil precisa avançar. Resgatar uma pessoa já vale o desgaste e o sacrifício de uma biografia, imagina resgatar o país todo que tem essa dívida histórica com a educação.





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