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Infraero admite fluxo de 31 milhões de passageiros no Aeroporto de Guarulhos em 2011
Luiz Roiz
Diário de Guarulhos


Há pelos menos dez anos a Infraero já enxergava que o crescimento do tráfego aéreo no Brasil ameaçava estressar o Aeroporto de Guarulhos, projetado originalmente para suportar 18 milhões de passageiros anuais, e que deve fechar o ano com 31 milhões, segundo reconhece a estatal. Os investimentos exigidos, contudo, não foram feitos “devido a decisões políticas equivocadas ou simplesmente omissão.” Esse é o pensamento do coordenador técnico da Agende (Agência de Desenvolvimento e Inovação de Guarulhos), Marcelo Chueiri, que cobra as três instâncias de governo: federal, estadual e municipal.

“A percepção de que o Aeroporto precisava de ampliação vem de uma década. Desde 2001 já se sabia da necessidade do 3º Terminal para dar conta do aumento da demanda”, afirma Chueiri. Um dos registros históricos acerca do tema é bastante claro. O então presidente da Infraero, Fernando Perrone, previa em 2001 que a construção do 3º Terminal e da terceira pista dobraria a capacidade do mais movimentado aeroporto brasileiro e estimava que as obras seriam concluídas em “3 ou 4 anos”. O movimento de passageiros aumentava no País a uma média de 8% ao ano, o dobro do crescimento médio mundial.

Mas o que ocorreu, segundo Chueiri, é que naquela época a Infraero começou a concentrar voos em Congonhas, “um aeroporto situado numa área altamente urbanizada e que oferecia riscos à aviação.” Com o acidente da TAM em 2007, o fluxo voltou a recair sobre Guarulhos, “um aeroporto mais seguro, com imensa área de escape”, que foi paulatinamente se aproximando de sua capacidade máxima, ultrapassada em 2010, quando atingiu 27 milhões de passageiros.

Para amenizar o problema, a Infraero inaugurou em agosto um terminal anexo e pretende concluir até o final do ano a reforma de antigo galpão da Vasp, onde funcionará aquilo que a empresa chama de Terminal Remoto. O Terminal 3 funcionará com apenas 40% de sua capacidade (20 milhões de passageiros/ano) em 2014, ano da Copa do Mundo. “A superlotação de Cumbica ainda não é um problema de segurança, mas de desconforto. Mesmo assim, ficará comprometida a imagem do Brasil se na Copa do Mundo e Olimpíadas (2016) o Aeroporto de Guarulhos não estiver em condições impecáveis. Afinal, imagem é muito importante”, adverte Chueiri.





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