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Ministério do Desenvolvimento afirma que a desindustrialização existe e ameaça contas externas.

Divulgado no jornal Valor Econômico do dia 16/11/2010, documento reservado do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) alerta sobre a influência da balança comercial no aumento do saldo negativo nas contas externas, que torna o Brasil cada vez mais dependente de investimentos especulativos.
No primeiro semestre de 2010, a relação superávit/exportações ficou em 8,8%, para um saldo de US$ 7,9 bilhões, e para eliminar a necessidade de cobrir as contas externas com investimento em carteira (ações e títulos) do exterior, seria necessário superávit de US$ 19,5 bilhões, valor que o próprio Ministério considera  inexecutável.
Os dados atuais da balança comercial são preocupantes, pois os produtos manufaturados passaram de um superávit de US$ 4 bilhões em 1992, para um déficit de US$ 9,8 bilhões em 2007 - valor que subiu para US$ 30,5 bilhões no primeiro semestre de 2010; a indústria de transformação, que chegou a ter saldo positivo recorde de US$ 31,9 bilhões em 2005, passou a ter mais importações que exportações a partir de 2008 e registrou um déficit de US$ 13,9 bilhões no primeiro semestre de 2010; o setor de média-baixa tecnologia como os têxteis, confecções e móveis que eram superavitários, operam com déficit;  os de média-alta e alta intensidade tecnológica representados por veículos automotores e equipamentos de transporte, respectivamente, passou de um superávit anual de, em média, US$ 9,1 bilhões entre 2004 e 2007 a um déficit de US$ 3,1 bilhões em 2009.
O documento propõe que seja fixado um “nível mínimo aceitável”  entre o saldo comercial e exportação na balança comercial e que a partir disso o governo adotasse medidas para elevar as exportações de forma a reduzir pela metade a necessidade de financiamento para as contas externas.
O MDIC argumenta, no texto, que a busca de um saldo comercial mais alto deve ser feita com iniciativas de estímulo às exportações, com “medidas estruturantes” - como redução de tributos sobre exportadores, simplificação de procedimentos burocráticos e políticas de incentivo à desvalorização do real.
Nos últimos três anos, as exportações aumentam a um ritmo inferior ao do crescimento do País e, na falta de medidas compensatórias, o câmbio influencia diretamente a perda de competitividade das vendas da indústria ao exterior, mostra o estudo. As importações aumentam acima do ritmo de crescimento da economia, ameaçando o saldo comercial, e os investimentos diretos já não são suficientes para cobrir as necessidades de financiamento do déficit nas contas externas totais.

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Alerta: Industrialização e empregos em perigo!
 
O governo federal, recentemente, aumentou a taxa do IOF de 2 para 4%, na tentativa (talvez vã) de conter a taxa de câmbio em alta. Parece incrível, mas um Real forte em relação ao Dólar (e também do Euro), neste momento, é altamente prejudicial à economia brasileira.  É claro que os operadores de viagens e turismo não pensam assim, até porque, por isso mesmo, o segmento está bastante aquecido.
Mas a questão macroeconômica tem outro viés. A economia brasileira está fundada, em termos de balança de pagamentos, na exportação de commodities (baixos preços) x importação de produtos de alta tecnologia (caros). Ajudamos a criar empregos no Exterior em desfavor do mercado de trabalho interno.
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