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Balança Comercial

Artigo escrito por: Dr. Devanildo Damião, Mestre e Doutor em Gestão Tecnológica pela USP, pesquisador do Núcleo PGT - USP, coordenador técnico-centífico do Pólo de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, coordenador do Núcleo Acadêmico da AGENDE Guarulhos (Agência de Desenvolvimento de Guarulhos), professor da Fig-Unimesp e coordenador do curso de ADMINISTRAÇÃO  da Faculdade MOZARTEUM de São Paulo.

A Balança comercial brasileira vem apresentando resultados deficitários na transação de produtos e serviços de alta, média alta e média baixa intensidade tecnológica, ou seja, aqueles que incorporam maiores esforços (conhecimentos) na sua elaboração.
Esses produtos são importantes por alcançarem maiores valores nas transações e demandarem profissionais capacitados nos processos de elaboração, fato que mobiliza toda uma cadeia de formação e comercialização.
No que tange a logística de distribuição, apresentam enormes vantagens, pois a sua dinâmica é amplamente facilitada, como exemplo, considera-se a relação volume transportado e valor comercial, enviar chips de computadores é bem mais fácil e barato do que minérios de ferro.
Na seara das importações e exportações, a questão cambial tem grande efeito, pois o cambio valorizado facilita a entrada de produtos e dificulta a saída. O produto para compra custa
US$ 1, caso o câmbio estiver valorizado na relação R$ 1 por US$ 1, teria hipoteticamente que disponibilizar R$ 1, caso a relação fosse R$ 2 por dólar, somente daria 50 centavos.
Afora, as demais variáveis, o contra argumento básico é que a moeda valorizada ajuda no controle inflacionário pela possibilidade de aquisição de produtos no mercado externo, como por exemplo, de máquinas (bens de capitais) que são importantes na formação bruta de capital fixo do País.
Atualmente, os países asiáticos estruturam as suas políticas econômicas baseando os resultados na sua base de exportação, a China principalmente, recorre à estratégia de desvalorização da moeda, tornado os seus produtos e serviços mais competitivos no mercado internacional.
Essas ações monetárias comprometem a competitividade de outros países e afetam o equilíbrio comercial. Os Estados Unidos, recentemente, por meio do seu banco central, tomou a decisão de injetar mais de US$ 600 bilhões na sua economia, o que irá desvalorizar o dólar e afetar o câmbio, sobretudo dos países emergentes. A questão está na pauta da próxima reunião dos 20 países mais influentes na economia mundial que ocorrerá na Coreia.
O Brasil não deve ficar inerte assistindo ao desdobramento dos acontecimentos, é necessário mobilizar os seus instrumentos, abriu-se uma oportunidade de redução de juros, fato que tem grande efeito sobre a diminuição da dívida pública que atingiu 5,5% ao ano das nossas riquezas.
Não se nega que os juros básicos altos sinalizam melhores condições de remuneração do capital, fato que convergem em três efeitos: apreciam o real, facilitam o crédito e possibilitam aumentar o volume das nossas reservas em moeda estrangeira. Nesse momento essa dinâmica não é necessária, visto que nossas reservas estão altas, crédito estabilizado e moeda valorizada.
Espera-se que o governo atue em defesa da nossa economia e fortaleça nossa indústria sob o risco de continuar a concorrer em condições fragilizadas com países com políticas macroeconômicas mais agressivas e sermos competitivos só em setores cuja agregação de conhecimentos seja limitada.

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