Artigo: Promovendo a Articulação - credenciamento da Incubadora Tecnológica AGENDE no MCTI
Por: Dr. Devanildo Damião
A revolução para a economia do conhecimento teve como marco a evolução da microeletrônica, que desenvolveu o poderoso e tranversal segmento de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação.
Nos mais variados segmentos, os efeitos da informação e comunicação são sentidos, dando a falsa impressão de que a utilização já é universal.
Todavia, observa-se que o acesso à internet no Brasil está estabilizado a menos de 50% dos lares.
Como mostra o quadro abaixo, ainda existe um grande espaço a ser ocupado, que se acentua quando se compara o Brasil com países mais desenvolvidos, afora a qualidade inferior das nossas redes.
Os dados justificam o surgimento de programas públicos que acelerem o desenvolvimento do segmento no País. O poder público desenvolve metodologias para incentivar o setor, com leis específicas, como a Lei de Informática, que oferta condições tributárias mais confortáveis para as empresas, solicitando como contrapartida, o compromisso de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Os esforços (contrapartidas) são permitidos em locais previamente reconhecidos como de competência técnica e administrativa, portanto, propícios ao desenvolvimento de projetos e pesquisas que alavanquem o segmento.
A Incubadora Tecnológica AGENDE Guarulhos tem atuado fortemente para qualificar os projetos de a base tecnológica na cidade. A abrangência envolve variados segmentos, dentre eles, o setor de TIC.
Neste mês, A AGENDE recebeu do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação a permissão para desenvolver, com empresas privadas, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento.
Os investimentos das empresas na Incubadora serão aceitos pelos organismos tributários como despesas de Pesquisa e Desenvolvimento e representar a contrapartida obrigatória de empresas que gozam dos benefícios da Lei da Informática.
Portanto, o sistema de inovação da cidade ganha mais um importante instrumento que permite dinamizar a articulação entre os setores privados, públicos e acadêmicos. As empresas de TIC poderão viabilizar projetos que respondam as demandas de desenvolvimento e depois enquadrá-los como as despesas compulsórias que precisam demonstrar.
A experiência deve servir como a oportunidade de diversificar as fontes de receitas do projeto e capacitar as tecnologias de gestão que seguramente emergirão na pauta do Parque Tecnológico. Também, incentiva o segmento de informática na cidade, que tem grande potencial de crescimento e precisa reencontrar o dinamismo de outrora.
Devanildo Damião é mestre e doutor em gestão tecnológica – USP; coordenador do Núcleo PGT-USP e Coordenador Especial Técnico Científico da AGENDE.