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Esporte e Tecnologia


Por Devanildo Damião

 

Como bom brasileiro, em época de Copa do Mundo, mesmo sob protestos da minha digníssima esposa Simone faço o possível para liberar a minha agenda para assistir jogos da Copa do Mundo. Logicamente, como bom amante do futebol, por incrível que pareça ainda não me recuperei da derrota de 1982, na época tinha pouco mais de uma década, mas fui testemunha ocular da derrota do melhor futebol praticado nos últimos 40 anos. Essa injustiça do esporte serviu para que eu me tornasse um torcedor menos apaixonado pelo Brasil.  

O Futebol mudou muito e tornou-se cada vez mais profissional, os pesos dos critérios técnica, condicionamento físico e padrão tático mudaram e sobretudo os elementos que estão no entorno dessa competição.

O Marketing esportivo faz  jogadores normais tornarem-se estrelas de altíssima grandeza, as transações de jogadores são astronômicas e influem nas balanças comerciais dos países. Os contratos e direitos de transmissão atingem valores altíssimos (apesar de ainda estarem defasados no Brasil), aliados a propaganda da chuteira, do carro, do barbeador, etc.

Sendo assim, os resultados são acompanhados por milhões de pessoas e de certa forma, formam a imagem do país para o resto do mundo, ou seja, uma seleção forte caracteriza um time forte. Alguns economistas, calcularam e afirmam que uma boa participação numa Copa do Mundo afeta o Produto Interno Bruto – PIB de um país em 0,7%.

Neste aspecto, gostaria de introduzir  um aspecto polêmico na discussão, como sabemos o ser humano é limitado na utilização dos seus sentidos, sobretudo quando utilizados simultaneamente, ou seja tem a racionalidade limitada. Num esporte de intensa competitividade e dinamismo como o Futebol, aliado a um conjunto de regras com pequena margem de flexibilidade, os erros tendem a se repetir. Nesse aspecto, insere-se a necessidade de tecnologias, ou seja, a aplicação de conhecimentos para a produção de artefatos que facilitem a mobilização do conhecimento humano.

No Futebol, parece que existe uma guerra contra a utilização de tecnologias e erros que são clássicos nesse esporte (1966) se repetem em 2010, como nada se tivesse alterado, transformando gols que aconteceram de fato em não gols ou o inversos. O fato concreto é que a tecnologia continua evoluindo, e estará apta para evidenciar as falhas de forma rápida e sem manipulação, é ilógico que um juiz possa se comunicar com um assistente bandeira para saber se ocorreu impedimento e não possa comunicar com um juiz suplente para saber se uma bola pingou dentro ou fora do gol.

A maioria que advoga a não utilização de instrumentos eletrônicos no futebol, argumenta que a polêmica ajuda a cativar as torcidas. Todavia, eles se esquecem que anteriormente não existiam instrumentos tecnológicos com capacidade para apontar a realidade dos fatos e sempre ficava a dúvida. Atualmente a dúvida é dirimida rapidamente e a sensação de injustiça irreparável provavelmente mais afasta do que apaixona.




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