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A importância da inclusão Social

" Mesmo as atividades menos complexas precisam de capacitação"

 

Dr. Devanildo Damião
• Mestre e Doutor em Gestão Tecnológica - USP
• Pesquisador do Núcleo PGT - USP
• Coordenador do Núcleo Acadêmico da AGENDE - Agência de Desenvolvimento de Guarulhos


O debate sobre a necessidade de Sistema de Inovação com a evolução Tecnológica e conseqüentemente a incorporação de competências pelos indivíduos, pode transmitir uma mensagem errada de pendatismo e exclusão de parcela significativa da sociedade. Essa visão estreita pode precipitar criticas que invoquem a prioridade para suas estratégias.                                                               
O alicerce do desenvolvimento deve balizar-se no oferecimento de oportunidades a todos, envolvendo, sobretudo, os menos favorecidos.
Democrática é a sociedade na qual não subsistem pré-distinções de ordens e de classes, em que todos os indivíduos são socialmente iguais, as diferenças intelectuais e economicamente são óbvias e transcendem os mecanismos políticos, mas igualdade social significa a não existência de diferenças hereditárias de condições, na qual as oportunidades, ocupações, profissões são acessíveis a todos.
Considerando esses aspectos, a visão que deve prevalecer não é a tradicional e direta, com característica linear e excludente, todavia, uma visão abrangente que incorpore diversas nuances e receituário de acordo com o diagnóstico.
Nessa perspectiva, parte da resposta está nos programas com foco na capacitação de pessoas com perfis diferenciados, pois, permitem que os excluídos pelos processos formais se ganhem cidadania e auto-estima.
Por exemplo, pela visão tradicional as pessoas privilegiadas, mesmo em programas sociais, nas diversas modalidades de seleção são aquelas que apresentam um conjunto de características próximas a um padrão normal, seja comportamental, etário ou educacional.
Essa lógica é bastante excludente na proporção em que relega aos “diferenciados” o grupo daqueles que não terão oportunidades. Essa perspectiva não considera a visão evolucionista do indivíduo, ignorando que o mesmo possa por meio do esforço e dedicação alcançar níveis de competência que o habilite para desenvolver atividades, as quais poderão dar o merecido conforto social.
Talvez, a resposta esteja no ideal de encarar a sociedade como um conjunto de atividades interligadas e dependentes, mesmo que com níveis de complexidade diferentes. Por exemplo, sem o pedreiro para levantar as paredes, não será possível desenvolver os experimentos no laboratório de engenharia nuclear.
A necessidade de capacitação de uma atividade é função da complexidade da mesma. Mesmo assim, atividades menos complexas precisam de capacitação, abrindo oportunidades para pessoas com perfis com menor intensidade técnica e mais operacional.
O desafio é capacitar profissionais, transformando vidas e desenvolvendo cidadania.




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