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Assassinos em massa: é possível controlá-los?

 

“Será que é possível a elaboração de um perfil criminal?”

 

A tragédia que vitimou crianças em uma escola do Rio de Janeiro semana passada remete para a necessidade de uma reflexão, com o objetivo de encontrar meios para controlar sujeitos com o perfil do assassino que chocou o País. A complexidade é enorme levando a necessidade da integração da polícia com especialistas em ciência forense e comportamento humano: psicólogos, sociólogos, psiquiatras. Seria possível a elaboração de um perfil criminal? Como tratar de forma preventiva? Como evitar que mais crimes sejam cometidos?

Ao lidar com assassinos em série, as investigações sempre buscam encontrar um perfil associado. Por exemplo, os assassinos de mulheres geralmente tiveram problemas com a mãe ou dificuldades para relacionamentos afetivos. Os estudos concentram-se em buscar um perfil e identificá-lo com um potencial assassino. No caso do Rio, os fatos direcionam para a caracterização de um assassino em massa, indivíduo que mata de quatro a mais vítimas, em um mesmo local relacionando com um único fato criminoso, cujo objetivo é a resposta violenta para a sociedade. As vítimas podem ser membros da própria família ou grupo de pessoas totalmente desvinculadas de seus problemas.

George Palermo, estudioso do assunto, destaca que esse tipo de assassino é metódico, sendo que podem se tornar especialistas em determinado tema para colocar a sua violência em prática. A ação pode parecer aleatória e impulsiva, mas, na verdade, é o clímax de algo planejado com método, paciência e determinação. Nos Estados Unidos, onde as estatísticas são mais apuradas sobre esse tipo de crime, observam-se fatos curiosos: 1) 80% desses assassinos cometem suicídio no próprio local do crime; 2) os que não cometem suicídio, entregam-se sem nenhuma resistência; 3) não demonstram qualquer tipo de compaixão pela família das vítimas; 4) são na maioria homens, entre 24 a 40 anos. A pergunta objetiva é: “pode-se evitar a ação desses assassinos?”, a resposta é bem direta, qualquer profissional de ciência comportamental pode identificar facilmente sujeitos com a característica de um assassino em massa, visto que o seu perfil indica sujeitos inteligentes, revoltados, com dificuldades de relações sociais e com algum tipo de trauma psicológico profundo.

Um sujeito com essas características não poderia ter acesso a qualquer tipo de arma, visto que o seu perfil não indica maturidade para esse manuseio. A questão de fundo é que infelizmente o acesso aos armamentos é fácil, sem que haja qualquer tipo de avaliação para possuí-los. Existe uma necessidade urgente de coibir o acesso às armas. A legislação deve restringir o uso de armas somente para os órgãos militares e de policiamento. Especificamente, a melhor estratégia para esse tipo de assassino é coibir e restringir os recursos para a sua ação, ficando latente a necessidade da presença do Estado.




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