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Aprendendo com as eleições

 

Uma das práticas mais efetivas em relação à gestão é desenvolvida com base na análise de acontecimentos e eventos, esses mecanismos servem como base para a melhoria contínua, sendo que na qualidade aparece destacado no ciclo PDCA (planejamento, execução, controle e ação de melhorias) e na gestão do conhecimento são as famosas lições aprendidas que servem de base para o conhecimento compartilhado.

Finalizou-se no País, um evento que mobilizou mais de 100 milhões de pessoas, fato que justifica uma análise mais acurada, todavia, não vou centrar a reflexão no produto que está relacionado aos candidatos e sim no processo eleitoral. É importante desmistificar a idéia que o Brasil apresenta um sistema político eleitoral de referência no mundo. Na verdade, o mérito do Brasil limita-se e está relacionado ao processo de votação e apuração.

A primeira questão refere-se a identificar melhorias e relação aos últimos pleitos e, sinceramente são mínimos, o fato que gostaria de destacar refere-se à ausência dos partidos de aluguel, que atuavam com a finalidade exclusiva de alugar o seu espaço televisivo para atacar candidatos com base em negociatas.

No que tange a disputa dos cargos executivos, penso ser necessário uma alteração no formato dos programas gratuitos, visto que o modelo atual estiliza e engessa discussões mais amplas, seria importante que nos próprios programas eleitorais fossem programados nos últimos dias, debates eleitorais entre os candidatos com formatos que servissem ao público e não aos marqueteiros.

Também, a estruturação de uma ficha de apresentação dos candidatos, impessoal e de forma oficial, com informações confiáveis, com base no histórico e na mesma linha a necessidade de apresentar programas de governo oficiais e que fossem amplamente divulgados, para que a população tomasse ciência das propostas.

Outro aspecto que é polêmico mais poderia ser analisado refere-se a instituto de delegados em colégios eleitorais, talvez, com base no modelo americano, visto que permite ponderar a importância das regiões no cenário nacional, assim as regiões elegem os seus representantes e aquelas com mais representatividade possuem um número maior de delegados.

No aspecto do Legislativo, as distorções são maiores e mais preocupantes, pois não existem filtros nos partidos para depurar os candidatos, o sucesso na eleição virou uma derivada do gasto em publicidade. Os partidos no atual sistema de representatividade proporcional, colocam “puxadores” de votos sem nenhuma identidade política. Esse quadro fica ainda mais dramático, sobretudo quando representantes de facções criminosas são eleitos. Coisas que deveriam ser triviais como a necessidade de uma vida pregressa adequada torna-se elementos de pauta dos nobres magistrados.

Existe ainda muito atraso e uma reforma política são urgentes alguns institutos como o voto distrital (disputa num espaço específico), votação por listas, ficha limpa, limite de eleições para o Legislativo no mesmo cargo, são ações que poderiam melhorar a situação. 

O momento é de reflexão, reformas e tomadas de decisões para aperfeiçoar o nosso sistema.





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