Banco Central encerra o ciclo de alta da Selic e mantém a taxa básica em 11% ao ano
O COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil decidiu por unanimidade de seus membros manter a taxa básica juros – Selic – em 11% ao ano. A votação aconteceu no dia 28 de maio.
A função do COPOM é definir as diretrizes da política monetária e da taxa básica de juros do Brasil e um de seus objetivos é contribuir no controle da inflação. A Selic teve nove aumentos consecutivos desde abril de 2013 e, após um ano, o anúncio foi o de manter a taxa no mesmo patamar de seu último pronunciamento que ocorreu em abril de 2014.
Cenários de inflação medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fazem com que especialistas prevejam e a imprensa divulgue nova alta da Selic após as eleições. Apesar da taxa controlar a inflação, ela também pode prejudicar a competitividade dos diversos setores da economia do País como indústria, comércio, serviços, entre outros, pois as empresas e pessoas físicas muitas vezes precisam fazer financiamento para adquirir um bem ou investir em tecnologias, mas esse financiamento fica mais caro levando em conta a taxa básica de juros de um país.
A título de comparação, atualmente na América Latina o Chile está com sua taxa básica em 4% a.a., o México 3,5% a.a.; economias desenvolvidas como Estados Unidos e Japão estão com suas taxas em 0,25% a.a. e 0,10% a.a., respectivamente; já os emergentes que compõem os BRICS estão com o seguinte comportamento: Rússia com 7,5% a.a., Índia com 8% a.a., China com 6% a.a. e África do Sul com 5,5% a.a..
No Brasil, o último patamar mais baixo da Selic aconteceu em novembro de 2012 que tinha sua taxa básica em 7,25% ao ano.